Como os pais podem contribuir para a escolha profissional do filho

10 Fevereiro 2022

Quando um jovem inicia seu processo de escolha profissional, os pais podem ser grandes colaboradores, se agirem de forma positiva. O problema é quando a família passa a ter determinadas atitudes, muitas vezes sem perceber ou por querer proteger o filho. Isso pode acabar deixando-o ainda mais ansioso e confuso.

Quer saber como contribuir para a escolha profissional do seu filho de um jeito saudável e positivo?

O melhor papel que os pais podem desempenhar durante a escolha profissional do filho é saber o momento certo de orientá-los. Convém lembrar que orientar significa guiar, sem cobranças, sem pressionar o jovem que passa por esse processo, muitas vezes, delicado.

E podemos dizer que se trata de algo mais importante ainda: orientar é sinônimo de direcionar, e não escolher a profissão para o filho, pelo filho, muito menos transmitir ansiedades e expectativas irrealistas a ele. Muitas vezes se torna difícil para os pais controlarem a ansiedade, mas é importante e, sobretudo, necessário!

Nesse momento, vale a pena valorizar os aspectos positivos do filho e apoiá-lo nas decisões que ele tomar. A família também pode motivá-lo para que ele se sinta mais seguro e tenha condições de fazer uma escolha responsável e madura.

É muito importante que os pais saibam que o jovem ao fazer a escolha profissional é um adolescente ou um adulto jovem, ainda em desenvolvimento intelectual, emocional e social. Ele encontra-se no período de desenvolvimento psicológico.

Eventualmente ocorre pressões prematuras ou irrealistas. Tais cobranças podem ser por conveniências sociais, ou pela estrutura educacional em que o jovem é levado – se não obrigado – a fazer escolhas vocacionais e tomar decisões precipitadas, sem orientação, quando ainda não está pronto para fazê-la.

Muitos pais afirmam reconhecer isso, mas se faz necessário também ter pensamentos e ações coerentes com este entendimento.

É natural os pais se sentirem ansiosos, pois é um momento delicado em que o filho muitas vezes está prestes a sair de casa - no caso de a universidade ser em outra cidade, até mesmo em outro Estado. O jovem passará, a partir de então, a ter que lidar com uma realidade bem diferente.

E é nesse momento que o adulto necessita ter um autocontrole ainda maior para que consiga orientar o filho, ainda em fase de amadurecimento psicológico. Sem contar que, quando um filho sai de casa, também existe uma perda para ele, não somente para os pais.

O jovem, além de ter que passar pelo processo da escolha profissional, também precisará lidar com a separação dos pais, quando a universidade é distante da casa da família. Ter de renunciar ao aconchego e a proteção dos pais também é conflitante para o filho, além dele ter que lidar com a escolha desconhecida e incerta - a futura profissão – o que implica o abandono de outras coisas, pessoas e possibilidades.

Ao decidir, ou apenas pensar em decidir, o jovem percebe ou pressente o que vai deixar para trás: escola, professores, amigos, colegas, o ambiente físico e social das salas de aula e do pátio de recreio e talvez mesmo a família. Assim, irá se separar das certezas e da comodidade do já conhecido, de uma certa não-responsabilidade diante da vida, do descompromisso com seu destino, das matérias escolares que já dominava, da juventude que começa a receber a sombra do mundo adulto.

É um momento que envolve a família inteira. Os pais devem criar um ambiente favorável para que o filho tenha tranquilidade, crie autonomia para que descubra a si mesmo e construa seu projeto de vida.

O que os pais podem fazer nesse momento:

  • Auxilie seu filho na identificação de suas aptidões;
  • Evite colocar suas expectativas sobre seu filho. Lembre-se de que a escolha é dele. O papel dos pais é orientar, não cobrar ou influenciar;
  • Contribua para que seu filho perceba seus próprios interesses, seus talentos, suas potencialidades;
  • Converse com seu filho, escute as ansiedades dele, as angústias. Abra-se para um diálogo saudável;
  • Oriente seu filho a buscar informações, seja nas universidades, em revistas, sites, feiras, etc
  • Oriente-o a escolher a profissão sem pensar em status ou retorno financeiro. Ajude-o a escolher aquilo que ele sinta ser uma vocação que possa trazer a ele satisfação pessoal e profissional
  • Caso você perceba que seu filho vem apresentando muita dificuldade para escolher uma profissão, procure uma orientação profissional com um psicólogo ou especialista em carreira
  • Estimule seu filho a ler, a estudar. Independente do curso que ele escolher, é importante criar hábito de estudo.

Os pais são muito importantes nessa fase. E saber a hora certa de conversar com o filho sobre a escolha da profissão pode ser de grande valia e, consequentemente, contribui positivamente na profissão e no futuro de uma carreira de sucesso do filho.

Lise Sassi

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